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Lideranças da comunidade judaica internacional afirmaram nesta quinta, dia 22, que estão chegando a um acordo com o papa João Paulo II para que o Vaticano abra os arquivos secretos da Segunda Guerra Mundial.
Vários grupos judeus acusam o papa Pio XII, que ocupou o posto entre 1939 e 1958 (período que incluiu a guerra), de ter feito pouco contra o Holocausto. Eles opõem-se aos esforços de santificação do ex-papa. No passado, líderes judeus em visita ao Vaticano haviam exigido a rápida abertura dos arquivos.
Após uma audiência privada com o papa nesta quinta, no entanto, o presidente do Congresso Mundial Judaico (CMJ), Israel Singer, afirmou que as duas partes estão chegando a um acordo sobre a questão dos arquivos. Antes da audiência, os líderes judeus haviam afirmado ter avaliado melhor as complexidades da abertura dos arquivos e não querem que esse assunto bloqueie o diálogo das duas religiões, que vem melhorando nos últimos 40 anos.
Segundo Singer, os arquivos relacionados ao papado de Pio XII podem começar a ser divulgados para acadêmicos entre 2005 e 2007. Entretanto, uma autoridade do Vaticano afirmou que não foi estabelecido nenhum calendário durante o encontro. Disse ainda que é preciso muito trabalho para organizar os arquivos antes de sua abertura ao público.
Conforme a Confederação Israelita do Brasil (Conib), cujo presidente, Jack Terpins, esteve presente à audiência, o papa comentou a situação social do Brasil e elogiou o programa Fome Zero.
– É bem-vinda toda e qualquer iniciativa da comunidade judaica que tenha como objetivo ajudar o presidente Lula a melhorar a condição humana da população brasileira – disse.
Com informações da agência Reuters.
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